quinta-feira, 27 de maio de 2010

O mapa da Colina: os vizinhos

Roberto Fischborn
Roberto Fischborn, vizinho no leste
Já falamos que o caso Colina do Sol não é sobre pedofilia, mas sobre terras.

E que naturismo não é para esconder pedofilia. No Brasil, pelo menos, é para esconder estelionato.

Em Taquara, em 2008 e 2009, pesquisei no Registro de Imóveis em Taquara, no Tabelionato, e ainda mais útil, entre os vizinhos. Vou postar nas próximas dias a situação das terras da Colina, para os residentes que querem saber se suas casas estão penhoradas para garantir as dívidas de Celso Rossi, ou não.

Pesquisei isso quando pareceu que o caminho mais fácil seria a compra das terras, e a expulsão da corja que tomou conta da Colina do Sol. A preço foi ficando mais alto, e as garantias mais nébulas, e pulei fora. Mas anotei toda a pesquisa.

Sendo americano, e da cidade, fiquei assustado com os papeis. Enquanto o tamanho das terras é dado com exato, do papel não se consegue localizar os lotes na mapa. Falta aquelas descrições da divisa sendo "200 metro na direção 28 graus ...". É somente "Ao leste, com as terras de João Jaques, ao norte ..."

Sabedoria local

Mas, fui falar com os vizinhos. Não há problema de terras em Morro da Pedra, todos sabem o que pertencem a quem. Os três árvores altos em frente ao terraço de Fritz Louderback, por exemplo, marcam uma divisa. Em outros lugares é uma pedra, ou um poste, ou outro marcador qualquer. E os nomes são de famílias, e os descendentes estão por aí.

Aprendi também falando com os residentes de Morro da Pedra que analfabeto não é o mesmo que ignorante. A inteligência rápida de Dinamar, esposa de Sirineu, foi aparente em nosso primeiro encontro. A frase de Nedy qualificando os acusadores como "Uma corja indo atrás de um corno", foi exato, incisivo, e memorável.

Hoje, temos a mapa feito anos atras da pretendido loteamento da Colina, superimposto em imagens que vem de Google Maps. Superimpostos, mostram onde o papel e a terra coincidem, e fora da Colina dá para enxergar as divisas entre as tiras finas de glebas originais que avançavam do rio dos Sinos para o sul.

Junto com a mapa, hoje temos os nomes dos vizinhos lindeiros.

Sendo que a mapa pode ser difícil de ler (é muito grande, e Blogger faz adjustes imprevisíveis) vamos repetir aqui os nomes dos vizinhos, começando no canto SE, onde esta o atual portão, e seguindo no sentido anti-horário.

No leste, antigos donos viraram nomes de rua

Logo fora do portão tem a casa dos Schirmer, herdeiros de um advogado que registou tudo corretamente, sob Matrícula 18.973. Vai da esquina da Colina ate um "dente" na borda leste, que marca a começo das terras do Roberto Fischborne, conforme os documentos, e conforme o próprio sr. Roberto. A terra do Roberto Fischborne vai uns 350 metros até uma esquina marcado com um poste, onde vira uns cem metros para o oeste, depois mais cem para o norte.

O vizinho da Colina neste canto é Pedro Francisco Carvalho da Silva. A borda vira de novo pouco mais de cem metros para o oeste, chegando mais ou menos ao casa do Fritz Louderback.

As terras lá pertenciam ao Idalino José Correa. Para chegar na casa de Roberto Fischborne, é preciso subir Rua Idalino José Correa, e passar no lado direto a casa de um dos filhos dele.

Na mapa à direta, que vem das mapas oficiais de Taquara, a rua vermelho em cima é a estrada Integração. Descendo no lado direto é a Estrada da Grota; para a esquerda desta, em vermelho, é a Rua Idalino Correa. As outras duas curtas são, do direto para esquerda, Rua Nova Iguaçu, e depois Rua Jorge Paz. Depois - nas minhas anotações e "bastante distante", mas eu estava a pé, e o dia, quente - vem a Rua Vendelino Silveira, que vai até o antigo portão da Colina, e bem a esquerda desta, logo antes do cemitério que fica no outro lado da Integração, é a Rua Aguiar.

Menciona as ruas, pois batem com os nomes nos documentos. Já vou adiantar que a língua da Colina que se estica para o norte era de Vendelino José da Silveira, e para o norte da Colina, as terras também eram dele. Já o vizinho no leste desta língua era José Silveira.

Oeste

O oeste é mais fácil: as terras de Belarmindo José de Mello foram menos subdivididas. Quase todo o oeste faz frente com terras que são ou eram dele.

Para o sul de Belarmindo são as terras de Luis Antônio Stumpf Fleck, registradas sob Matricula 29.119 e Matricula 747. Sr. Stumpf Fleck registrou em 31/10/2008 as terras herdadas, dando seu endereço (que é carnavalesco) em Novo Hamburgo.

A Colina do Sol ocupa mais espaço na Terra do que nos cartórios. Creio que avançou nas terras dos outros, e creio que um destes outros seria sr. Stumpf Fleck, e que as áreas em que a Colina age como posseiro são exatamente a área da "vila", com mais casas, área que nunca visitei.

No sul, a família Gross

Dois nomes aparecem no sul, Bertholdo Gross e Leopoldo Gross. Não falei com os herdeiros dos Gross, mas fui informado que moram na Estrada da Grota, não muito longe da Estrada Integração.

Isso nos traz de volta para a esquina sudeste, e a fim de nosso passeio para hoje. Quem são os donos fora da Colina é mais fácil determinar, mas confiando na sabedoria local, e desconfiando das afirmações de Celso Rossi, conseguiremos ver onde são as divisas entre as antigas glebas que hoje formam a Colina do Sol - e, em consequência, quem tem a casa para que pagou, penhorada para saldar as dívidas de Celso Rossi, e quem não tem.

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