segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Moleque® mente, a assistente social é conivente

A "palavra da vítima", nos casos de abuso sexual de crianças, é sempre filtrado por alguma "especialista". Dorothy Rabinowitz, em "No Crueler Tyranny", conta de psicólogos induzindo crianças pequenas durante 40 minutos até conseguir a "revelação" que queriam ouvir. Na caça de bruxas de Catanduva, o "Paulo, psicólogo do Fórum" conseguiu "revelações" de 61 crianças. Mas os exames médicos mostraram que todas as meninas que contavam de estupro, continuam virgens.

Fato comum nestes casos de "redes de pedofilia" é criança pequena e facilmente induzível, e psicólogo inexperiente. Em Catanduva, enquanto a juíza afirmou que Paulo tinha mestrado e estava fazendo doutorado, seu estudo pós era em educação especial, e não psicologia. A falsa psiquiatra Heloisa Fischer Meyer, além de não ter feito nenhum curso reconhecido de psiquiatria, não tinha terminado um curso que listou entre seus qualificações, e terminou um telecurso sobre abuso sexual um dia antes de diagnosticar abuso em adolescentes que negaram qualquer crime ou contato sexual.

No caso Colina do Sol, erraram em escolher "vítimas" grandes demais para ser enganados (ainda que relatam que a polícia usou tortura para conseguir que assinassem acusações), ou pequenos demais para falar. As únicas exceções são do orfanato Apromim, onde tanto Cisne quanto O Moleque que Mente® tem retardo mental leve, e fizeram acusações inconsistentes entre si.

"Acredite nas crianças"

Nos EUA, onde estes casos geralmente são julgados por júri, uma bordão de promotores no auge da onda de acusações de abuso ritual satânico, era "acredite nas crianças". Pela lógica deles, inocentar os acusados seria chamar as crianças de mentirosas, e fazer pouco caso do seu "coragem em denunciar".

Na realidade, desacreditar as acusações seria chamar de mentirosos os psicólogos que manipularam as crianças. E coragem? Não é precisa coragem para dizer o que querem ouvir. Coragem tinham as crianças de Morro da Pedra e suas famílias, que resistiram as ameaças da polícia e da promotora Dra. Natália Cagliari, que denunciava como "conivente" quem não concordava em dizer que houve abuso.

"Acredite nas crianças" quer dizer, realmente, "acredite em quem colheu as acusações". No caso das crianças do Apromim, quem colheu as acusações foram a assistente social e a psicóloga.

A assistente social de Apromim

No caso Colina do Sol, os depoimentos foram acolhidos pela assistente social de Apromim, Cláudia de Cristo. As denúncias originais da corja da Colina não incluíram as crianças de Apromin, somente os jovens de Morro da Pedra. Ao que parece, Cláudia de Cristo e/ou seus internos assistiram as prisões na televisão, e resolverem embarcar na onda.

Eu desconfio das afirmações da Cláudia, e d'O Moleque que Mente®. E com bons motivos.

Primeiro, porque o Moleque conhece da casa de Fritz somente o que passou na televisão. Afirmou que a cozinha está ao lado da sala, que não é; afirmou que tomou banho na piscina de Fritz, e Fritz não tem piscina.

Visita ao orfanato

Quando cheguei à Taquara, em março de 2008, uma das minhas prioridades era conhecer o lugar. Não teria muito sentido fazer a viagem, sem ver o palco dos acontecimentos. O Barracão do Morro da Pedra foi uma das lugares que resolvi conhecer. Foi lá que o ONG de Fritz deu aulas, e lá eu poderia falar como pessoas de Morro da Pedra, sem a ajuda de Cristiano Fedrigo. Que pelo tudo que vi, era uma pessoa boa, mas a boa prática jornalística exige procurando mais de uma ponta de vista.

Visitei também Apromim. Não para falar com as supostas vítimas, que achei seria uma interferência desnecessária, mas para conhecer a geografia, e um pouco das pessoas.

Eu gostei do orfanato, e gostei da Irmã Natalina, como deve transparecer do relato linkado acima. O que não escrevi, foi que achei que o andar da cima, onde as crianças dormiam, era de matéria inflamável, e faltavam as saídas de emergência necessárias.

Vi as crianças geralmente de uma distância. Fui me mostrado o biblioteca, onde umas crianças estava tendo aula de inglês, com placas tipo "CAT". Falei umas poucas palavras de inglês com eles.

Entrei na berçário, onde Cleci tinha trabalhada como voluntária. Umas das crianças pequenas pediram "colo", e eu as peguei nos braços. Foram me apresentadas pelos nomes, e um era o Noruega. Tinha cabelo preto, que me surpreendeu porque o nome dele é mesmo algo de escandinávia, região que associo com loiros. Também ele precisava seu nariz limpado. Os gêmeos eu poderia ter reconhecido, por serem iguais. Mas eles não estavam.

O Moleque

Mas O Moleque que Mente® disse que me viu, ainda que não vi ele. Ainda, ele disse que tinha me visto antes. Isso, parece, numa conversa com Cláudia de Cristo, que ela transmitiu para a promotora dra. Natalia Cagliari.

Ao que parece. Está tudo sob sigilo. Eventualmente, vai sair do sigilo, e ai vou tomar as medidas adequadas.

Mas, sendo que como jornalista tenho o direto de preservar o sigilo dos meus fontes, vou relatar um pouco do que está no processo de fls 1757 a 1759, o interrogatório d'O Moleque que Mente®:

Foi em outra casa na Colina?
"Tinha outra casa, que era do tio Andre, que um portão assim, que ia assim para cima."
fls 1757 Mas nesta casa morava mais alguém?
fls 1758 Morava... foi um homem lá que era com bigode aqui e tinha umas correntes aqui assim"
"Eu conhecia porque ele ia lá na casa do Tio André conversar com o Tio Andre."
"E ele foi para Promim com quem?"
V: "Com quem? O Tio André levou ele lá pra conhecer. E daí num outro dia ele foi sozinho."
Advogado André foi conversar Irmã Natalina.
"Eu conversei só com aquele homem bigodudo."
fls 1759 "Ele perguntou de onde eu era, se eu fui passear na casa do Tio André, daí eu disse que eu fui. Depois, conversou isso e se foi embora."
"E depois que André foi preso, ele apareceu lá de novo?"
V: "Apareceu."

Há duas referências que precisamos desvender - a casa com o "portão que ia assim para cima", e o homem "bigodudo" "que tinha umas correntes aqui assim".

"O portão que ia assim para cima"

Primeiro, a casa. A casa que Dr. André e Cleci alugaram em Morro da Pedra em outubro de 2007, depois de sair da Colina do Sol, era num alto uns 6 metros acima do nível da rua, onde ficava o portão. Faz uns meses, coloquei um modelo 3d da casa no Google Earth, para a conveniência dos meus leitores. Não inclui o portão, mas a casa pode ser visto aqui:


Navegando um pouco - passe o mouse no lado direto da quadra acima para que os controles aparecem, chegue mais perto, gira o "N" até a posição de quatro horas, elevar sua visão com a flecha em cima do olho - e seria possível ver a casa do nível da rua, como ao lado.

"O homem bigodudo"

Há pouca dúvida de que o "homem bigodudo" sou eu. Meu bigode é de um tamanho fora da moda, e sobre os "correntes", se me lembro, no dia que visitei o Apromim, eu estava usando um colete com relógio de bolso, que fica num corrente, mais ou menos como na imagem de internet ao lado.

As mentiras do Moleque®

Temos então estas afirmações:

  • Eu visitei Dr. André em Morro da Pedra, quando ele já estava instalado na casa fora de Morro da Pedra;
  • Eu visitei Apromim, na companhia de Dr. André, que seria antes de 11/12/2007;
  • Eu conversei com o Moleque® na minha visita a Apromim 12/03/2008, as 15:00.

Mentiras, todas. Mentiras por inteiro e comprováveis. A Cláudia de Cristo poderia ter confirmado que não falei com o Moleque® na minha visita, pois eu estava sempre acompanhado por alguém de Apromim. Ou ela não se deu o trabalho, que seria preguiça ou incompetência, ou fez, verificou que era mentira, e resolveu ainda assim que repassaria, confiando no "sigilo da Justiça" para que ela poderia contar mentiras contra mim, com impunidade.

Das duas uma: Cláudia de Cristo é incompetente, ou desonesta.

E caso Cláudia de Cristo chega a ler este postagem, e se incomodar como o parágrafo anterior, antes de procurar um advogado, sugiro que ela procure "animus defendendi" e "animus retorquendi". Para colocar no vernacular, ela me atacou, e a lei me dá o direito de me defender contra suas mentiras. Ela se escondeu atrás de um menor retardado, mas isso não a isenta de culpa. Somente acrescenta covardia aos seus outros defeitos de caracter.

Não pisei em Rio Grande do Sul faz mas de uma década

A dificuldade que a Claudia encontrou, ao induzir o Moleque® a contar mentiras sobre mim, é que conheço a verdade, que é simples. Eu não tinha pisado em terras gaúchas faz pelo menos uma década. Presumo que passei pelo Taquara na ida e volta para Gramado, em duas ocasiões, um em junho de 1989, para reuniões da ABLE - Associação Brasileira de Loterias Estaduais - na época em que lancei a loteria "raspadinha" no Brasil. Visitei Porto Alegre uma vez, uns anos depois, para conversar sobre um project de Disque-900 para Grêmio, que não prosperou.

Antes de março de 2008, nunca visitei a Colina do Sol, não conheci Dr. André Herdy, Cleci, Fritz Louderback, Barbara Anner, Cristiano Fedrigo, Silvio Levy, ou nenhuma outra das pessoas envolvidas no caso Colina do Sol.

Outubro de 2007

Mas é minha palavra, conta a palavra d'O Moleque que Mente®? É uma escolha entre "Acredite nas crianças?" ou acreditar num "homem bigodudo?"

Nunca fui de pedir para que os meus leitores acreditassem na minha palavra. Forneço documentos, testemunhas, ou outras provas.

Felizmente, não será agora, lidando com um ataque diretamente contra mim, que terá de apelar para "acreditem em mim!".

Nos já mostramos que, conforme as anotações de Dr. André, e os registros da Apromim, houve um total de quatro visitas d'O Moleque que Mente® com Cledi e Dr. André:

  • 10 a 12 ago. (Pizza, Colina, sobrinho, churrasco)
  • 14 a 16 set (Feira calçado NH, celular)
  • 28 a 30 set (André em Paraíba)
  • 26 a 28 out. (Cisne, Noruega e gêmeos)

A afirmação d'O Moleque® é de que ele viu o "homem bigodudo" na casa com "O portão que ia assim para cima". Dr. André e Cleci alugaram esta casa em outubro de 2007, o contrato de locação constando nas fls 3348-3349 do processo. Foi alugada de uma juíza aposentada, quem também teria assinado o contrato de locação.

Vimos que o Moleque visitou André e Cleci somente uma vez depois do que eles se mudaram para a casa em Morro da Pedra. A visita foi na fim de semana de 26 a 28 de outubro de 2007. Se ele me viu na casa de Dr. André, tinha que ser neste final de semana, e nenhum outro.

E onde que eu estava, nesta fim de semana? Eu teria um alibi, uns amigos que poderiam dizer onde eu estava, para comprovar que eu não estava em Morro da Pedra, Taquara?

Fortaleza

Eu estava longe da família e dos amigos, naquele final de semana. Eu estava em Fortaleza, de negócios, e planejava ir para uma praia longe do capital para aproveitar o sol e o mar no fim de semana.

Mas, verificando naquela quinta-feira no site de CENIPA um curso de segurança aérea, cancelei meus planos de ir à praia. Escrevendo sobre acidentes aéreas, sinto que como jornalista que preciso aprender mais sobre o assunto de segurança, sempre que possível. Curioso que fora uns gatos-pingados das revistas especializadas em aviação, sempre sou o único jornalista nestes eventos.

Vejo, então, meu alibi para dias 26 e 27 de outubro de 2007, assinado por um major e por um tenente-coronel da FAB:

Ah, mais dia 28? Será que fui direto do Nordeste para Taquara, como Dr. André voltou de Tambaba, para que pudesse ser visto pelo Moleque que Mente®?

Preciso, de novo, desapontar. Guardei o cartão de embarque da minha volta de Fortaleza para São Paulo, no dia 29/10/2007, conforme cópia autenticada ao lado.

Digo, então: o moleque mente. Quando falou de mim, mentiu, e está comprovado que mentiu. Ele não me viu em Morro da Pedra pois eu estava em Fortaleza. Será que me viu antes, na casa dentro da Colina do Sol onde André e Cleci moraram antes? Bem, não foi isso que ele disse. E nos outros duas finais de semana que ele visitou quando Dr. André estava, também tenho como comprovar o que eu estava fazendo.

Não, o Moleque® mentiu, mesmo. E se mentiu sobre mim, como que podemos acreditar que falou a verdade quando acusou André e Cleci? Especialmente sendo que não foi encontrada prova material nenhuma do que ele alegava, e todos as perícias nas máquinas fotográficas, não encontraram nenhuma foto pornográfica nem vestígio de uma.

Ele mente. A assistente social é conivente.

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