sexta-feira, 2 de abril de 2010

Calunia, o peso de prova, e este blog

Porque este blog? De que se trata? Porque tantos detalhes? Como estes assuntos tem a ver com o caso Colina do Sol?

"www.calunia.com.br"

É o sufixo, .com que dá sentido à palavra calunia. Num caso como da Colina do Sol, jornalistas não procuram e divulgam a verdade: tentam tal-somente ser o primeiro de comprovar a acusação.

Calunia.com, porque calunia é um negócio para a imprensa brasileira.

Tratamos aqui de crimes de imprensa, de pessoas que são alvos das armas de destruição da mídia da massa. O caso Colina do Sol é o maior crime do tipo, é uma marca histórica da imprensa brasileira.

Tratamos assim da caça das bruxas de Catanduva, onde inocentes já estão mais de um ano na cadeia, e estou começando colher informações do caso Craig Alden, uma injustiça que já se estica quase oito anos já em Planaltina, Goias.

Variedade de tópicos

Pode parecer que este blog foge com freqüência do suposto foco no caso Colina do Sol. Nem tanto. Três fatores explicam:

Não é sobre pedofilia
Neste caso, nenhuma criança de Morro da Pedra afirma ter sido molestado, e os laudos da Instituto Criminalistica apontam rigorosamente nada de pornografia infantil. O caso, então é sobre outras coisas: as dívidas que engolem Colina; os esqueletos do Hotel Ocara, abandonado inacabado ao lado do lago; as ações na Justiça reclamando as terras; o histórico confusa dos "títulos" e "concessões" de Naturis e as outras empresas dos quais Celso Rossi espremeu lucro antes de deixar a casca e as dívidas para outros.
Quebra-cabeças
De quem são as terras? Quem matou Wayne? Donde foi o dinheiro que tanta gente "investiu" na Colina? O que pretendiam a corja da Colina que foram os autores destes denúncias? Porque há gente da Colina que tanta detesta Morro da Pedra? O caso é destas coisas. Cada postagem é um pedaço da quebra-cabeça, e um dia ficará claro como eles se encaixam.
"Excesso de Zen"
É preciso entender um pouco sobre tudo, para poder entender tudo sobre qualquer parte. Sabendo um pouco do povo de Morro da Pedra ajuda entender as aulas de futebol, estudando as finanças de Ocara ajuda desvender os títulos patrimoniais. Nisso, os hiperlinks ajudam bastante.

Monstros

Uns assuntos fogem da Colina para Morro da Pedra e a cidade de Taquara, e uns destes realmente pouco tem a ver com a Colina do Sol. Tratar sempre daquela corja cansa o autor, e presumo que cansa o leitor, também. E há um aviso de Nietzsche:

"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."

Faz bem olhar gente normal, sadia, pessoas com esperanças para o futuro, que visam o que eles podem construir com o trabalho, e não o que podem tirar do próximo com decepção, calunia, e ameaças. E em vez de olhar para o abismo, é bom olhar para as pedreiras.

Sabia de longe que as acusações de pedofilia no caso Colina do Sol eram falsos. Acusações assim quase sempre são. Chegui em Taquara, e vi que Morro da Pedra é de uma beleza rara. Conheci as pessoas de lá, e as gostei. Sabia que um dia seria preciso traçar uma linha e travar a luta, e achei que não encontraria lugar ou ocasião melhor. Outros também pensaram assim, e são pessoas da primeira água.

Mas não somos os monstros, e não usamos as armas deles. Fico com as armas do bom jornalismo: encontrando a verdade com a investigação, e a divulgando com a palavra. A arma contra a mentira é a verdade; contra o segredo abusivo é a publicidade; contra a confusão proposital é a clareza.

Contra as trevas, é a luz.


Não encontraria lugar ou ocasião melhor para traçar uma linha e travar a luta.

Detalhes, detalhes

Há muito detalhe aqui, e chega a ser chato.

A diferença entre o jornalismo e a fofoca, é que o jornalismo procure os fatos, e os comprove. Sem as provas, é "ele disse, ela disse". Sem detalhes, eu não seria nada diferente da corja da Colina que sussurra mentiras e alega sigilo.

E também, é fácil fazer acusações, e é fácil ser um "autoridade". Generalizações são suficientes. Veja a denúncia: afirma que várias crianças foram abusadas, em "datas e horas ainda a ser estabelecidas", e que depois de 27 meses e 73 testemunhas, ainda não foram estabelecidas.

Posso eu simplesmente responder que os acusados tem álibis "ainda a ser estabelecidas"?

Nem brinque. Num processo no tribunal da imprensa, com este, o peso de prova para a defesa é muito diferente do que para a acusação. Detalhes são precisos, sim.

Há, também, o fator credibilidade. Não sou autoridade, nem ONG. O que digo, preciso comprovar.

E calunia - acusar alguém falsamente de um crime - é crime. A imprensa acusa, e se esconde atrás da polícia; a polícia acusa, e se esconde atrás do Estado e do sigílio, invocado quando a verdade ameaça fazer uma aparência inconveniente.

Eu escreve, sem meias palavras, e assino, com o nome complete.

Meu escudo é a verdade - acusar alguém de crime que realmente cometeu, não é crime. Acuso o delegado da polícia Juliano Brasil Ferreira dos multiplos crimes por ele cometidos no caso Colina do Sol, e comprovo. Acuso a promotora Dra. Natália Caglieri dos crimes por ela cometidos,e sua guerra ferrena contra a verdade, e comprovo. Acuso a falsa psiquiatra Dra. Heloisa Fischer Meyer, e comprovo.

Sem estas provas, eu estaria sujeito a mais perseguições do que eu e os outros que defendem a verdade e a presunção de inocência já sofreram, e ainda sofrem.

Ninguém cobrou detalhes do delegado, Afinal, ele é um autoridade, fazendo um acusação. Eu sou uma pessoa, fazendo uma defesa, e as regras para mim são outras. Eu não posso fazer generalizações. Preciso comprovar o que digo. Então, detalhes e citações.

Porque defender pedófilos?

Não são pedófilos. São alvos de acusações falsas. Lê o blog, para maiores detalhes.

Vale citar a jornalista americana Dorothy Rabinowitz, que ganhou o Prêmio Pulitzer para suas colunas, inclusive os sobre falsas acusações que aparecerem no seu livro "No Crueler Tyrannies: Accusation, false witness, and other terrors of our times." A penúltima parágrafo do livro é:

Finalmente, preciso notar a pergunta levantada com freqüência no curso das entrevistas sobre estes casos. Eu não reconheço que abuso sexual de crianças existe e é uma problema séria? repórteres perguntariam. Uma pergunta estranha, aquela. A conversa sobre nenhum outro crime exigiria uma afirmação assim. Raramente são pedidos de jornalistas que escreveram sobre acusações falsas de assassinato, afirmações de que eles sabem que assassinato é uma coisa ruim, e que realmente acontece.

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