domingo, 4 de julho de 2010

O mapa da Colina: fechando a mapa

Encaixamos hoje as últimas peças da quebra-cabeça do mapa da Colina do sol: matricula 2025, 33.818 m² hipotecada para o banco BRDE como o locale do Hotel Ocara, e o posse de Evaldo Otto Möller transferido no tabelião sob nº 8008.

Vamos primeiro olhar a mapa. 2025 está em vermelho:

A evidência das testemunhas

Antonio da Silva
Antônio já foi dono da Matricula 2025
Falei ontem na hora do por-de-sol com Antônio da Silva, que todos me descreverem como "Antônio do Fiat vermelho", de quem era o terreno 2025. Ele recorda as terras da mesma maneira que Evaldo Antônio da Silva. Da atual entrada da Colina, veio primeiro o terreno de Zeca, de ambos os lados; depois no sul, no lado esquerda da rua, Evaldo; e ao norte no lado direto, o terreno que era de Antônio; e depois destes, o posse grande de Olívio da Silva.

Antônio disse que Olívio comprou o terreno no direto, "uns três hectares" e que "Eu era dono no lado direito, tudo [terreno] era estreito por lá".

Antônio é neto de Constantino Antônio da Silva; Constantino Filho erá tio dele.

Ele não se recorda de Generoso Antônio de Souza, que aparece no documento de 2025. Ele explicou, "Deve ser dos antigos. Os outros conheceu ou ouvi, mas naquele epóca eu era mocinho, e agora já sou velho."

Evaldo Otto Möller

Ninguém com que falei, lembrava de Evaldo Otto Möller, do posse 8008 de 33.155,05 m². Pelo papel, poderíamos localizar sem problemas, pois dois dos vizinhos, Idalino Correo e Pedro Francisco da Silva, constam na mapa, e Pedro continua lá no morro, ainda que não falei com ele.

Mas ninguém lembra de Möller, nem seu xará Evaldo, nem Antônio que teria sido seu vizinho. Eles lembram de maneira igual o ordem das terras: Zeca, Evaldo para o sul e Antônio/Olívio para o norte; e depois o grande terreno de Olívio. E isso não deixa espaço para Evaldo.

Como vimos com a história de João Jaques, as vezes posse se sobreponha a terra registrada. Sendo que o terreno de Evaldo Möller não encaixa, vou presumir que Darci comprou um posse antigo, para não ter nenhuma sombra sobre seu titulo.

Há mapas?

Ouvi da Dinamar Regina Fernandes, esposa do Sirineu, que quando Darci comprou as terras, ele exigiu uma mapa, e seu sogro Olívio e cunhado Edegar foram com ele mostrar as marcadores. Ouvi que Loureci que vendeu o posse de Idalino para Celso, tinha uma mapa: mas ele disse que todos os documentos da terreno ele repassou para Celso, "ele comprou o terreno, é dele". É possível que dentro dos 100 páginas do processo de usucapião, haja uma mapa, que poderia mostrar mais que o terreno de Idalino.

Divergência de tamanho

Com o posse de Möller considerado como terreno separado, há mais papel do que cabe na mapa. Sem os três hectares, falta papel.

Isso me deixou perplexo, até lembrar, "Desde quando Celso Rossi e Colina do Sol ficaram contente em tomar somente o que é deles?"

Vimos hoje da manha, que em 2008 a Colina do Sol construiu um novo prédio em terreno sabidamente do vizinho. Celso fala no site de Ocara que a Colina é de 60 hectares; no contrato de compra, é 408.417,65 m2; no Certificado de Cadastro de Imóvel Rural de 10 Jul 2001, consta 41.7. A mapa de 2001 mostra um pouco mais de 50 hectares.

Conversei de novo quinta-feira com seu Evaldo, e perguntei do tamanho do seu terreno. Imaginava que a realidade era maior do que o papel, pois assim preenceria o espaço. Não, ele me disse: "Não chegava a um hectare e meio."

Especulação

Como já disse, um topógrafo, vendo os velhos marcadores, resolveria isso. Se eu estiver dentro de uns 10 metros, é suficiente para o topógrafo começar trabalhar.

O que é, pode ser estabelecido. O que "dever ser" ou "pode ser", é nas palavras do meu saudoso pai, "como ter uma peça do Cruz Falso".

Aqui temos especulação. Que necessita de verificação. Erenani falou de um lote triangular. A mapa de 2001 mostra uma linha diagonal na borda sul; e a borda leste foge do regra rectilinear, para seguir o escarpamento do morro. E 60 metros para o sul da porteira o mapa mostre uma cerca, que fica onde seria a divisa entre os vizinho Schirmer e ao sul, Camargo. A escritura de Antônio José da Silva mostra não três mas somente dois vizinhos ao leste, que seriam as terras atualmente de Schirmer e Fischborn.

Além disso, Dinamar me falou quinta-feira que numa certa época ela trabalhou com os Gröss, e pelo que ela consegue ver, a Colina invadiu as terras dos Gröss, que ficam pelo sul destes lotes.

Desenhei, então, uma borda diagonal, em conformidade com os dados nos dois parágrafos anteriors. Desenhei cada lote com o tamanho exato quem tem no papel, ainda que é muito pouco provável que há este exatidão. A estrada fica numa lugar diferente nesta mapa, e Möller está fora, mas além disso, este esboço reflete os papeis e as palavras das testemunhas.

Lembrando, que é uma teoria, que um topógrafo poderia confirmar ou corrigir.

O canto no sudoeste

O leitor atento, ou aquele que é dono de uma cabana na "vila", notaria que há um buraco enorme no sudeste, sem papel. Erro meu? Não, realmente a terra lá, onde ficam 33 cabanas, não é da Colina do Sol nem de Celso Rossi, e nunca foi. É de outro.

Mais chega para hoje.

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