segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um vento sopra de Catanduva

Hoje a tarde, William Melo de Souza, três anos preso na caça às bruxas de Catanduva, foi inocentado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Acórdão ainda não foi publicado. Cheguei depois do julgamento, chamado pela tia de William, e aguardo o texto para dar maiores detalhes.

Mas foi inocentado. O pai dele saiu do Tribunal a caminho de tirar seu filho da cadeia.

Escrevi do caso no Observatório da Imprensa em 2009, no auge da linchamento na imprensa, antes da chegada do CPI da Pedofilia em Catanduva. Eu disse que era bobagem, e eu era sozinho nisso. Não tinha mais nada publicada na época que questionava as acusações.

Dei entrevista para a revista énotícia, do jornal Notícia da Manha de Catanduva, que deu muito de falar em Catanduva, fui informado quando visitei.

Na hora da sentença condenatório - agora revertido - escrevi com mais detalhes do caso, matéria reproduzida no site Nota de Rodapé.

No "International Forum of Justice" na Fiesp, falei do caso para o presidente do Tribunal de Justiça, um deputado (que estava na notícia mais recentemente na investigação de venda de emendas), e Renato Lombardi do Rede Record.

Lembro de Sr. Lombardi falando, "com uma sentença condenatório, não tem o que fazer". Bem, agora há uma sentença absolvendo William.

O tempo é o senhor da razão. O tempo chegou, e o vento está soprando de Catanduva, e derrubaria outros castelos de cartas, em outros lugares. Já encerrou também o reino de terror da DCAV no Rio de Janeiro, onde a fábrica de laudos-sob-medida foi fechado, e um dos "psicólogos voluntários" enfrenta sindicância no Conselho Regional de Psicologia, e algo mais sério do Ministério Público, que foto da placa do seu consultório comprovado sua atividade ilícita paralela, e provas que a promoveu no horário e com o equipamento da delegacia onde foi remanejado.

Hoje foi o dia de William, que foi inocentado, e será libertado. Chegará o dia dos outros inocentes.

E chegará o dia dos culpados.

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