segunda-feira, 22 de julho de 2013

Nasce um brasileiro

Matthew Frederic Louderback
Nasceu hoje a tarde na California Matthew Frederic Louderback, filho de Douglas Anner Louderback e Rosario Garcia Diaz, e neto de Fritz Louderback e Barbara Anner.

Douglas e Rosario se conhecerem na escola de inglês. Faz tempo o Facebook de Douglas tem pipocado com notícias do evento abençoado esperado, fotos de ultrassom e fotos da barriga crescente de Rosario.

Chegou. Douglas, que agora está trabalhando como caminhoneiro de longa distância, chegou em casa com tempo para assistir o parto. Além dos fotos, há no Facebook um vídeo com o primeiro choro do pequeno. Não vejo fotos ainda com os vovôs, pois a saúde de Barbara é delicada, e parto não é para as fracas.

Devido as maravilhas da ultrassom, já se sabia faz tempo que Matthew nasceria menino; pelo local, americano; pelo pai, brasileiro; e pela mãe, bonito. Será naturista? Nasceu pelado, que já é um bom começou, e Rosario já visitou Fritz e Barbara no Olive Dell Ranch.

Matthew é gaúcho? Já não sei se isso se transmite pelo sangue, ou se ele seja um "California boy" e pronto. Enquanto eu acho cedo afirmar se o menino será gremista, aposto que Douglas já comprou um cobertor tricolor.

Parabéns para todos. Para Rosário e Douglas, pais pelo primeiro vez; Fritz e Barbara, avós mais uma vez (Barbára já é bisavô, quem sabe sendo avô de novo rejuvenesce). E parabéns para Matthew Frederic, um pequeno pedaço do futuro, e mais uma inspiração para trabalhar para um futuro melhor.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Caminho do inferno: o primeiro passo

Caso começou com os acusadores
O caso Colina do Sol levou não somente os acusados ao inferno, mas também suas supostas vítimas. Ainda com uma sentença de inocente, o estrago para todos é irremediável. Mas o que foi o primeiro passo neste caminho? Como foi iniciado este caminhada longa e dolorosa, e caríssima para os envolvidos e caríssima para o contribuinte, que bancou esta absurda colheita de mais de 5.500 folhas sem indícios de crime?

Quem começou a caminhada foram os acusadores, que como já notamos, não foram as "vitimas", nem uma mãe louca, como padrão nestes casos.
A finada Nedy de Fátima Pinheiro Fedrigo qualificou os acusadores como "uma corja indo atrás de um corno". Vamos pela lista, conforme o relatório policial.

Um corno

O primeiro a fazer uma acusação foi Zumbi Steffens. Conforme o relatório do delegado Juliano Brasil Ferreira, na sua folha 2:

ZUMBI DE FIGUREIDO STEFFENS, morador da região, conforme depoimento, confirmou tais denúncias, especificando, inclusive, fatos de abuso sexual praticados pelos investigados. Pedimos, portanto, escusas para ilustra parte do depoimento:
"FREDERICK logo que começou a morar no Brasil se aproximou de jovens garotos... Que passado algum tempo começou a observar o comportamento de FREDERICK que levava os jovens para sua casa, tendo sido providenciadas ações para retirá-lo da Colina, porém, como ele é proprietário, é muito difícil conseguir.... Lembra que já houve um flagrante de um estrangeiro que foi encontrado fazendo sexo oral com um jovem menino, o qual iria ser expulso, mas acabou fugindo durante a noite."

Vimos, nestes mais de quatro anos de blog, de que:

  • O jovem filho de Fritz, Douglas, então com 15 anos, levava a então esposa de Zumbi para sua cama, e poucas dias depois do par fugir da Colina do Sol para Praia do Pinho, o marido abandonado fez uma acusação contra Fritz na polícia;
  • Interrogado na Justiça, Zumbi não acusou Fritz de crime nenhum;
  • Pelas palavras do próprio Zumbi, ele já no passado sabia de caso de pedofilia confirmada, e nem chamou a polícia.

Mas o relatório do delegado sugere a causa verdadeira da acusação contra Fritz, só que inverte causa e efeito: disse que o desejo de expulsar-lo veio da acusação de pedofilia, enquanto na realidade parece que para conseguir a expulsão, inventaram a acusação.

A Colina do Sol tem hábito de expulsar proprietários, com uma frequência extraordinária. Somente nos casos na Justiça no lado direito do blog, vimos um oponente da diretoria da situação que foi negado o direito de se candidatar; outro que conseguiu liminar quando sua família foi barrado; Cristiano Fedrigo foi barrado; Sirineu, analfabeto, barrado da Colina durante quatro anos foi apresentado com uma conta de mais de mil reais e uma carta renegando seu título de sócio; e já limos dos abusos antigos que beneficiava um pequeno grupo, bem antes da chegado de Fritz Louderback no Brazil. O pretexto que barrou o candidato, uma "violação disciplinar", finalmente explica o mistério do "cerco a cerca": Não era uma arbitrariedade qualquer, mas uma manobra para barrar alguém quer seria um candidato forte.

Lembre que a Colina é pequena, com uns 80 sócios ativas: as expulsões são uma porcentagem enorme.

Mas estes naturistas, gente sonhador com sua filosofia de paz e natureza, faria uma falsa acusação para se livrar de um sócio incômodo? Ora, quem plantou a bomba incendiária na chaminé da casa de Barbara, dentro dos muros atrás do portão da Colina do Sol? Lemos uma reclamação na Justiça, de gente sem ligação com Fritz, dos capangas de Celso Rossi. E quem matou Wayne quando ele ia entregar as provas do fraude do Hotel Ocara?

A corja: devedores

Seguindo o relatório do delegado, o segundo acusador foi Raul. Conforme o delegado:

ARCELINO RAUL DE OLIVEIRA testemunha e proprietário do mercadinho existente dentro da Colina do Sol, confirmou boa parte das declarações de Zumbi. Inclusive, confirmou a conduta do investigado em fazer ingressar no clube crianças, sempre do sexo masculino, com destino a casa dele....

Já desmentimos com provas fotográficas, a mentira de que Fritz beneficiava somente meninos. No relatório, Raul é seguida pela sua esposa Bete:

ELISABETE BORGES DE OLIVEIRA, confirmou o depoimento deste, em especial quanto a relação entre FRITZ e as crianças do sexo masculino que moravam no Morro da PEDRA ... (sic)

Mentira, como já mostramos. E porque Bete e Raul mentiram? Deviam dinheiro para Fritz, dívida que chegou na mesa do juiz de novo este mês.

Em tempo: Ouvi que o que Bete falou na Justiça nada tinha a ver com o que está no relatório do delegado, que nada falava contra Fritz Louderback. Ela mudou sua versão? É possível, mas já comparamos o relatório da IGP/IC com a carta com que o delegado Juliano Brasil Ferreira o encaminhou para a juíza de Taquara.

Que prova temos que Bete falou contra Fritz na policia, o que ela não falou sob juramento na Justiça? Temos somente a palavra do delegado. E já aqui documentamos muitas das mentiras do sr. Delegado.

A corja: o desafeto

O delegado segue para João Ubiratan dos Santos, vulgo "Tuca", que em entrevista com este jornalista afirmou, "Já sequestrei, já roubei, e já fiz coisas piores." Falou muita coisa para o delegado, coisa que não precisava cinco anos e meia de processo para saber que era falsa. Conforme o relatório do delegado:

JOÃO UBIRATAN DOS SANTOS, declarou de início que FRITZ já há alguns anos se cerca de crianças, sempre de sexo masculino, as quais LEVA PARA PERNOITAR EM SUA CASA. Outro detalhe que esta testemunha confirmou, foi o fato de FRITZ "comprar" as pessoas, em especial os pais dos meninos com o objetivo de mantê-los próximos. Geralmente, proporciona, aos genitores, festas, ranchos, lanches e até mesmo títulos patrimoniais do clube que valem o equivalente a nada menos que R$6,000,00 (seis mil reais).
Tuca queria se vingar dos meninos?

Seis mil reais. Porque Tuca tinha este valor na sua cabeça? Era este quantia que Fritz tinha emprestado para Tuca, e seus cheques foram protestados. Talvez encontramos os motivos de Tuca não nas suas palavras, mas nas suas cifras.

E não foi somente contra Fritz que Tuca tinha motivos de se vingar. Quatro crianças tinham feito uma reclamação formal depois de ter sido xingados pelo Tuca. Foi amplamente documentado que a obra social de Fritz beneficiou dúzias de crianças em Morro da Pedra: veja o cabeçalho do blog por uma foto de muitos. Sirineu e Marino, que testemunharam a carta contra Tuca, foram dois dos pais escolhidos como "coniventes"; os quatro jovens que assinaram, receberem a estigma de "vítimas". Como que é que de supostamente dezenas de crianças beneficiados pelo Fritz, são os que criticaram Tuca que foram apontados como prostitutos-mirins? É a sede de justiça, ou a sede de vingança?

A corja: o político

Seguindo pelo relatório do delegado, chegamos ao depoimento de João Olavo Paz Rosés. Conforme o delegado:

JOÃO OLAVO PAZ ROSÉS revelou que desde o início, quando conheceu FRITZ, sempre achou muito estranho a relação dele com as crianças, sempre do sexo masculino e que freqüentavam a sua casa diariamente, nos mais diversos horários. E mais, o que ressalta é que essas crianças entravam no condomínio não para gozar da área de recreação, mas tinha como destino a casa já referida; e que devido a fiscalização dos condôminos e demais sócios do clube, FRITZ providenciou o aluguel de uma casa nas proximidades para ser utilizada para os encontros com jovens, cujos moradores são André Ricardo Lisboa Herdy e Cleci Machado Jaeger....

A primeira pessoa no relatório do delegado que dá o nome do então presidente da Federação Brasileira de Naturismo, Dr. André Ricardo Lisboa Herdy, é João Olavo Paz Rosés, atual presidente da FBrN. Será que ele resolveu eliminar quem ocupava o posto que cobiçava, fazendo uma acusação falsa de pedofilia? Se for, que serve com exemplo para qualquer um que queria suceder João Olavo Paz Rosés no mesmo posto.

De novo, não podemos confiar que o relatório do delegado retrata de maneira fidedigna as palavras do acusador. (Na realidade, tal a quantidade e variedade das mentiras do Sr. Delegado, não podemos confiar em nada dito ou escrito por esta figura.) Conforme o delegado, João Olavo Paz Rosés falou de "Cleci Machado Jaeger". Cleci, que tem passado cinco anos comendo o pão que o diabo amassou, faz me pediu ano retrasado para não colocar seu sobrenome do blog. Não vou aqui contra sua vontade, pois seu nome não é e nunca foi "Cleci Machado Jaeger", com João Olava deveria ter sabido. O delegado prendeu Cleci com mandado no nome de outra, e não podemos confiar no seu relato apontando Jõao Olavo como fonte do equívoco.

Disque-denúncia

Ainda, estou informado de que sr. João Olavo Paz Rosés disse no seu depoimento na Justiça, de que distribui numa reunião na Colina do Sol entre os que depois fariam as denúncias contra Fritz, Dr. André, Barbara e Cleci, o numero do Disque-Denuncia. Não sei se for outro número ou Disque-100. João Olavo disse que o número não era especificamente para denuncias de pedofilia, e Disque-100 não é. Mas faz um Google no Disque-100, e veja o que aparece.

A corja: outro devedor

O próximo acusador no relatório do delegado é

ETACIR MANSKE, testemunha e treinador do tipo (sic) de futebol patrocinado pelo americano, revelou detalhes importantes:
Que FRITZ já pagou um veículo para um dos meninos que frequentava o time. Lembra que para manipular as pessoas FRITZ use dinheiro, tendo comprado títulos do clube até mesmo para aprovar seus desejos na diretoria do Clube. [...] Cita que FRTZ já deve ter dado mais de cem bicicletas para os meninos do Morro da Pedra. Disse que fica contente em ser chamado para depor pois temia que algum dia acontecesse alguma coisa contra a Colina do Sol, que é um clube de naturismo correto. Lembra que chegou a ver FRITZ incentivar os meninos a retirar a camisa ou camiseta para dançar e ficava olhando como se admirasse os jovens dançando sem camisa Disse que sabe que Zumbi viu.

Já postamos vários fotos de meninos, e meninas, ganhando bicicletas. Fritz tinha tinha dinheiro, e gostava de ver crianças felizes. A "dança", ouvi, era capoeira. Capoeirista sem camisa é tradicional. Incentivar capoeirista de lutar de calça curta, isso seria, sim, estranho. Mas isso, ainda se verdade, seria prova de alguma coisa? ou até indício? E depois, colocar o que uma testemunha "ouviu dizer" de outro ... realmente. Não é evidência.

Já destacamos que Etacir Manske devia dinheiro para Fritz.

Mas só porque devia dinheiro, faria uma acusação falsa contra Fritz? Uma coisa segue da outra?

Bem, só porque Fritz fez pequenos presentes para os pobres de Morro da Pedra, estava abusando dos filhos deles? Uma coisa segue da outra? Realmente, Fritz emprestava dinheiro também para os sócios da Colina do Sol, incluindo seus acusadores. E seu advogado perguntou para os acusadores (de uma maneira muita polida, presumo) que em troca disso, Fritz abusava dos filhos deles?

Não, somente porque Fritz dava bicicletas para meninos e meninas, não é indício de que ele abusava dos meninos.

Pagamento automático sustado

No caso do empréstimo para Etacir, foi combinado que seria pago em parcelas mensais. Etacir Manske tinha uma conta no banco Santander, e Fritz estabeleceu no banco uma conta exatamente para receber todo mês o deposito automático da conta de Etacir.
Quando Fritz saiu da cadeia, tinha muito para fazer para reorganizar a vida. Eventualmente, eu o acompanhei na sua visita para o Banco Santander. A transferência automática teria continuada, se não for interrompido. E foi interrompido, sim. Quando? O gerente informou, que a mesma semana que as acusações de Etacir Manske colocou seu credor na cadeia, ele foi ao banco cancelar a transferência automática do pagamento da dívida.

A acusação de Etacir está ligada a dívida? Pelas aparências, sim.

Parece que atualmente Etacir Manske seria "Conselheiro Maior da FBrN para a Região Sul", algo difícil de confirmar sendo que a FBrN não tem nem página de Internet. Mas João Olavo Rosés não é o único manda-chuva da FBrN cujos acusações levaram a prisão, o então presidente da FBrN.

Sem passo para trás

Na justiça criminal é bastante fácil começar um processo. O que é difícil é terminar. Isso no melhor dos hipóteses. Quando "autoridades" fazem acusações falsos em televisão nacional, e geram centenas de paginas impressas de bobagem, fica mais difícil admitir o erro.

Se "erro" foi. Erro é quando foi sem querer. Quando feito sabendo, ou com imprudência, é crime.

As acusações falsas que levaram os quatro da Colina à prisão durante treze meses, que contribuíram para a morte de três pessoas, que serviam para encobrir o assassinato de uma quarta pessoa, não foram "erros". Não foram "preocupação com os pequenos". Foram crimes, mesmo.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Caminho do inferno: fim do caminho

Depois de mais de cinco anos e meio, o caso Colina do Sol finalmente está chegando ao fim.

O que há no fim do caminho? Uns vinte (20) crianças ficaram órfãos em consequência do caso. As crianças que estavam na escola, com perspectivo de um futuro melhor, estão trabalhando nas pedreiras. O povo de Morro da Pedra viu o aparato da polícia e Justiça correr para proteger os culpados e castigar os inocentes. A tortura de crianças na delegacia ficou até agora impune, o assassinato de Dana Wayne Harbour ainda não foi investigado, nem a bomba incendiária plantada na casa de Barbara Anner enquanto ela assistia uma audiência no Fórum. O estelionato da Colina do Sol continua fazendo novas vítimas. O orfanato Apromim, que acolheu crianças durante 70 anos, fechou as portas.

A inocência chegaria tarde demais para Sirineu Pedro da Silva e Isaías Moreira, que morreram durante o curso prolongado da Justiça. Barbara Anner, com quase 80 anos e com a saúde delicada, dificilmente viverá tantos anos mais na sol de inocência, quanto passou sob o nuvem de suspeito. Frederic "Fritz" Louderback é mais jovem, mas entrou no caso um homem rico, e saiu pobre. Quatro inocentes ficaram presos 13 meses, algo que sentença nenhuma poderia devolver ou remediar. Ruiu o casamento de Dr. André Herdy e Cleci, perderem a adoção dois dois nenês que já chamavam Dr. André de "papai", e Cleci passou anos de aperto e ainda passa: conseguir emprego já é difícil para quem não tem um processo criminal pairando sobre sua cabeça.

O fim do caminho é o Inferno para os acusados no caso, para as vítimas, para os que defenderem seus amigos ou aqueles que, comovidos pela injustiça, levantaram voz contra a perseguição.

Pronto para julgar já faz 6 meses

Dr. Márcio Floriano Júnior, defensor dos três pais e agora do pai sobrevivente, foi o último a receber o processo para fazer seus argumentos finais, que entregou em 17/12/2012, seis dias depois do processo completar cinco anos. Ouvi, faz uns meses, que a sentença seria proferido até julho, mês em que estamos.

A juíza disse em novembro de 2009 - porém já faz três anos e meio - em Nota de Expediente Nº 295/2009, que "... o feito não pode ficar aguardando a prova ad eternum." Sirineu e Isaías ficam "aguardando o feito" na eternidade, e Barbará já está desafiando as estatísticas. O caso precisa terminar.

Como será o fim do caminho? Quando a Justiça faz uma injustiça, relutar em admitir.

Condenação?

Será possível uma condenação? Já houve juízes que colocarem num lado da balança todo o conjunto de provas testemunhais e documentais que comprovam a impossibilidade da acusação, e noutro, um "laudo psicológico" que afirma que uma criança foi abusada: e julgaram que o laudo pesava mais, e condenaram. No caso Colina do Sol os jovens de Morro da Pedra todos negaram qualquer abuso, e não há laudo com valor legal que afirma que houve abuso - no máximo (e baseado em relatos sem fundamento), sugerirem maiores investigações, que nunca foram feitas.

Do orfanato Apromin, a denúncia lista cinco vítimas: a moça Cisne; O Moleque que Mente®; e três crianças de uns dois anos, os gêmeos e Noruega (todos nomes fictícios, relembro):

  • Cisne já era maior de idade na época, os "fatos" que ela alegava ainda se verdadeiros não seriam crimes ("olhou insistentemente", por exemplo). E um laudo válido concluiu: "Diagnóstico compatível com abuso sexual? R: Não".
  • O Moleque que Mente® produziu uma série de acusações, inconsistentes entre se, inconsistentes com as afirmações de Cisne, e em plena contradição de provas documentais. Não vou repetir suas mentiras sobre os três bebês na banheira e sobre as supostas fotos na Colina.
  • O laudo psicológico afirmou de Noruega de que não houve sinais de abuso; dos gêmeos, laudos não há. "Mudança de comportamento" é muito usada nestes casos, mas enquanto a promotora afirmou isso na denúncia, não estava no inquérito antes, nem aparece no processo depois. "A promotora disse" não é prova.
  • Há por final laudos de corpo de delito do L.A.M. e d'O Moleque®. Laudos preliminares e então sem valor legal, e no caso L.A.M. negado por ele, e posteriormente por médico especialista. E no caso d'O Moleque® consistente com sua primeira historinha, mas no Fórum contou outra versão, de que levou no rabo.

Voltando, já houve condenações baseados somente em laudos psicológicos positivos, sem qualquer outra evidência. Mas condenação baseada em laudos negativos, que é o que temos aqui, não existe. E magistrado que condena fundamentado em laudo sem valor legal, levaria ele mesmo uma comida de rabo, mas do Tribunal da Justiça.

Para nem falar, há uma longa diferença entre um laudo positivo, e uma prova que condena alguém. Imagine um assassinato: o laudo dizendo que a vítima foi morta, não é o passo final para identificar e condenar o culpado. É o primeiro passo. Se tivéssemos aqui um laudo positivo com valor legal (e não temos), seria somente este primeiro passo.

Há também acusações de fotos pornográficas. Os laudos do Instituto Geral de Perícias do Instituto Criminalística (IGP/IC) certificam a ausência de fotos pornográficos nos computadores, DVDs, fitas de vídeo, CDs, etc. Houve uns CDs pornográficos entregues diretamente ao Fórum de Taquara pelo inspetor Sylvio Edmundo, sem passar pela perícia, mas conforme o inquérito e processo o equipe do delegado Juliano Brasil Ferreira entregou CDs em quantidade muito maior do que apreenderam. Do laudo atrasado somente aumentou o número de "evidências" sem origem.

Não vou afirmar que os CDs foram plantados, pois a defesa não tinha a oportunidade de examinar as evidências. Há indícios. Creio que uma examinação dos dados EXIF e as datas dos arquivos, os números de série dos CDs, etc, juntaria provas suficientes para comprovar crime cometido pela polícia.

Acusações menos graves?

Existe a possibilidade de condenar os acusados por crimes menos graves? Bem, Fritz foi acusado de deixar Douglas por mão no seu arma de fogo ("Fato" 3), mas o advogado de Fritz me informa que não somente a acusação não foi comprovada, mas até se for, não seria crime.

Há também a acusação de fornecer bebida alcoólica para menores, ("Fatos" 4, 6, 12, e 16) nas festas patrocinados pelo Fritz no restaurante da Colina do Sol. A promotora encaixou o assunto da lei errado, e não foi comprovado - quem teria visto, negou.

Poderia haver somente um acusado condenado?

Minos, juiz dos pecadores
A condenação de somente um dos acusados serviria para "salvar a dignidade" da Justiça taquarense? No caça às bruxas de Fells Acres, Gerald Amirault serviu de sacrifício depois das absoluções da sua mãe e sua irmã. A escolha de bode expiatório era simples: ele era homem.

Realmente, parece difícil qualquer condenação de Cleci ou Bárbara. Cleci ficou preso treze meses acusada basicamente de ter passado a mão. Bárbara era acusada de ser "conivente". As prisões serviam para inflar o caso para a mídia, para evitar que eles defendessem Fritz e Dr. André, e serviam os interesses da corja da Colina do Sol. Acusar-lhes serviu para aumentar a "complexidade" ao caso, e ficaram presos porque o caso era "complexo."

E os pais? Isaías e Sirineu estão além do alcance da Justiça de Taquara. Uma das acusações envolvendo o filho de Marino é um pouco mais específico do que as envolvendo os filhos dos falecidos. Mas o que há é somente a palavra de João Ubiratan dos Santos, vulgo "Tuca", já condenado por sequestro. A mesma juíza, Dra. Ângela, já condenou a SBT a uma indenização vultosa baseado na palavra de "Tuca", palavra que é interessante notar é cabalmente desmentido pelos balancetes da Colina do Sol. Poderia de novo?

Não, se for escolhido um bode expiatório, seria ou Fritz ou Dr. André. Os dois por serem homens; Fritz por ter sido apontado como a "cabeça do rede", Dr. André porque somente há uma "vitima" que acusa, e O Moleque que Mente® acusou Dr. André mais do que Fritz.

O "Fato 2" não envolve o pais de Morro da Pedra, pois acusa Fritz de ter abusado de seu filho adotivo, Douglas. O acusador, Zumbi, tinha motivos de desgostar de Douglas, que com 15 anos roubou a esposa de Zumbi. Zumbi foi ouvido sem juramento, sua testemunha sendo então bastante frágil.

O que Douglas disse? Negou. Esta morando nos EUA agora, com Fritz e Barbara, e está para ser pai, este mês. Postou no Facebook o nome escolhido, "Matthew Frederick Louderback". Não me parece que uma condenação seria em conformidade com as evidências.

Note que o cálculo é político, culpa e inocência não entram. Pois nenhuma pessoa razoável, lendo o processo (o processo, e não as mentiras do Sr. Delegado, ampliadas pela imprensa crédula) poderia acreditar que qualquer destes crimes aconteciam.

"Falta de evidências"

Uma condenação sendo impossível (ou se for proferida, só atrasaria a verdade um pouco, pois seria rapidamente revertida pelo Tribunal de Justiça) a saída padrão seria uma absolvição por "falta de evidências".

Como pode prender pessoas e 'evidências' numa operação cinematográfico, chamar 75 testemunhas, mandar uma máquina fotográfica para três perícias, esticar o processo por cinco anos e meio e cinco milhares e meio de folhas, e declarar que haja "falta de evidências"? Os inocentes passaram por muito nas mãos da Justiça: os quatro da Colina passaram treze meses de prisão apontados na imprensa nacional e internacional como pedófilos; os três pais de Morro da Pedra que se recusavam de fazer acusações que sabiam falsas, foram acusados pela polícia e o Ministério Público de vender seus próprios filhos; e as supostas "vitimas", acusados de ser prostitutos homossexuais mirins, não saíram muito melhor na história do que os acusados.

O mínimo que a Justiça poderia fazer, é absolver os acusados da maneira mais abrangente: pela inexistência de crime. Nada restaurá as reputações, as vidas, as fortunas dos acusados, nada devolveria os anos perdidos. Mas isso é o que a Justiça de Taquara pode fazer, e deve fazer.

O processo comprove amplamente que os crimes alegados pelos devedores e desafetos dos acusados não aconteceram. Todos as diligências, as perícias, deram em nada. O processo é ainda recheado de provas de crimes cometidos pela polícia e pelo corja da Colina do Sol, vários dos quais detalhamos aqui.

A reconhecimento de que os crimes nunca aconteceram serviram também para limpar a reputação dos finados Sirineu e Isaías.