segunda-feira, 29 de junho de 2009

A baile da Ilha Fiscal

Sabado, a Colina do Sol teve seu próprio "Baile da Ilha Fiscal". Em vez de uma grande festa, foi um tanto apagado, pelos relatos. Um da "corja" já se mudou da Colina, levando esposa e sogra juntos.

Os ventos da mudança sopram pelo Morro da Pedra. Ventos? Mais. Está na época da safra; os que semearam o vento, vão colher o vendaval.

O que surpreende, é que ainda tentam. As mentiras continuam. As acusações infundadas. A crença de que a acuação de "pedofilia", sem provas, vence qualquer verdade.

Uns acreditam. Outro, já se mudou de mala e cuia. A situação está um pouco diferente para cada um. Um cortou as árvores (que já não pertenciam a Colina) e embolsou o dinheiro; e outro ficou sem a grana mas com a responsabilidade.

Bem, a festa foi no camping, que fica no Beco de Araújo. No Beco mesmo: bem no meio da estrada pública que a Colina achou que tinha a direta de fechar. (Leitores: Não experimentam isso em casa!) Colocaram dois portões e uma guarita na rua municipal, e acham que fica por isso mesmo.

Um da corja, Tuca, cujo ficha criminal já examinamos aqui, emitiu outro jogo de mentiras em março:

NOME: João Ubiritan dos Santos TERMO DE DECLARAÇÕES

Aos dezenove dias de março do ano de dois mil e nove, nesta cidade de Taquara, Rio Grande do Sul, presento o(a) senhor(a) Luiz Carlos Aguiar de Abreu, Delegado de Polícia, comigo Sandra G. P. Serafini, Inspetora de Polícia, serv. como Escrevente, ai compareceu o DECLARANTE: filho de ... e de ... estado civil: solteiro; grau de ensino - Médio- profissão: micro-empresário. Endereço residencial: Colina do Sol - Estrada da Grota-S/N Cx Postal no 170 - Taquara - RS. Conforme ocorrência no 3833/2008, declara o que segue: O depoente nega qualquer tipo de ameaça contra a pessoa de BARBARA LOUISE ANNER como consta na referida ocorrência. Ocorre que a pessoa de RICHARD PEDICINI quer retirar o depoente do local onde mora, Colina do Sol, para que ele tenha livre acesso a case de FRITZ ou no Clube de onde está proibido de entrar, por decisão do Conselho Deliberativa do Clube. O depoente vem lutando contra o crime de pedofilia no local, o qual e do conhecimento público, onde FRITZ e BARBARA (conviventes) ficaram mais de um ano em prisão domiciliar por este questão. Que há dois meses o casal está respondendo processo em liberdade, mas já começou o carregamento de menores novamente para dentro da Colina, sempre à noite, ou de manha cedo, fora do horário de funcionamento do controle de portaria, estando os vidros do veículo com insulfilme bem escuro, para que não sejam identificados as pessoas que nele estão. O deponente presta serviço de vigilância para o clube onde não tem passado próximo da casa da BÁRBARA já desde setembro de 2008, para não se irritar com a entra e sai de menores da casa do casal, e quando trabalha na vigia anda de camionete dentro da colina. Que BARBARA já tem 72 anos de idade, e é convivente com FRITZ, por este motivo, os mesmos desejam retirar o depoente do local de qualquer jeito, para que ele parar de "incomodá-los", no sentido de ficar atenta para que não ocorra o delito contra os menores. Que a presente ocorrência é comente para prejudicar o depoente. PR: Tinha uma arma a uns oito meses atrás, para sua segurança pessoal mas a entregou para a Polícia Civil desta comarca, conforme mandado de busca. Nada mais disse nem lhe foi perguntado. Lido e achado conforme, vai por todos assinado.

DELEGADO

DEPOENTE

ESCRIVÃ

As bobagens de sempre. Vamos examinar duas:

  • "Tinha uma arma ... mas a entregou para a Polícia Civil"
  • "RICHARD PEDICINI quer retirar o depoente do local onde mora, Colina do Sol, para que ele tenha livre acesso a case de FRITZ ou no Clube de onde está proibido de entrar"

Tuca tinha um .38 e entregou um .32, e foi visto por duas testemunhas com uma arma, depois que ele entregou outra.

Eu nunca visitei Colina do Sol antes do que quatro pessoas inocentes foram ali presos. E ando bastante ocupado, com considerações bem maiores do que João Ubiritan dos Santos, vulgo "Tuca". Mas creio que pela falsa testemunha que prestou no caso Colina do Sol, Tuca merece casa, comida e roupa lavada, aos custos do Estado. E até banho de sol.

domingo, 21 de junho de 2009

Enquanto isso, em Catanduva

Muito aconteceu esta semana no caso Colina do Sol, e hoje a noite atualizo sobre isso. Estava com outro compromissos, em Catanduva, onde há - ou havia - outra caça às bruxas.

Digo "havia", pois fui recebido em Catanduva pelo presidente da Câmara de Vereadores (http://www.camaracatanduva.sp.gov.br/noticias/americano-richard-pedicini-visita-presidente-da-camara), Marcos Crippa, que já havia subida no tribunal da Câmara para declarar que a "rede de pedofilia" que a mídia nacional procurava naquela cidade, não existe.

Fabricação, Marcos Crippa disse, de pessoas que viam lucrar da acusação. Que ouvi também do promotor que cuidou do caso inicial, Antonio Bandeira Neto, que já tinha prometido conseqüências, e enquanto eu estava na cidade apresentou denúncia contra quem espalhou acusações sem provas. Deixei com Dr. Bandeira uma cópia do relatório que Silvio Levy e eu escremos sobre o caso Colina do Sol.

Por coincidência, minha visita coincidiu com mais um "reconhecimento" dos acusados pelas crianças, supostas vítimas. Mais uma vez, não comprovou nada. É verdade que uma das crianças reconheceu o borracheiro "Zé da Pipa", já condenado no caso. Só que "Zé da Pipa" não estava lá.

É notável que enquanto um dos jornais locais ilustrou a diligência com uma foto de senador Magno Malta, a Noticia de Manha colocou uma foto de mim. Fui informado por várias pessoas de que uma entrevista que dei para Noticia da Manha deu muita a falar na cidade (não está online). Em março, eu já tinha escrito no Observatório da Imprensa sobre o caso, e o ombudsman da Agência Brasil já tinha me dado ouvidos, e o tempo, senhor da razão, já acolheu minhas palavras.

Em Catanduva, a "Cidade Feitiço", a feitiço virou conta a feiticeiro. Porque em menos de seis meses, Catanduva acordou, e em Taquara, o processo continua lerda?

E porque em Catanduva fui recebido com honras pelo Presidente da Câmera de Veradores, enquanto em Taquara fui preso em frente ao Fórum?

Diria que Taquara, a cidade, a população, já sabe faz muito tempo que o caso Colina do Sol é uma farsa sem fundamento. Somente no Forum de Taquara, uma espécie de Castelo da Bela Adormecida, pessoas continuam sonhando. Talvez quem estava fiando este história as enganou de experimentar a roca, e foram picadas. Talvez continuam dormindo por falta de um beijo de amor.

Em Catanduva, além dos nomes de inocentes, a nome da própria cidade estava sendo jogado na lama. E há gente de bem, lá. Marco Crippa tinha ele mesmo sido alvo de acusações falsos, anos atras, e estas coisas não se esquece. O promotor Bandeira tem a grandeza de admitir que ele estava errado em pedir a condenação do sobrinho do borracheiro. A Notícia da Manha, que acusava fortemente, mudou de idéia.

Que Taquara aprende de Catanduva! E se o Fórum não consegue enxergar os fatos, que o castelo seja sitiado pelas forças de bem. Ou o nome não somente do Fórum, mas da cidade, será tão manchado que nem um mar de água o limparia.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Novo consultório do Dr. André Herdy

Dr. André Herdy já abriu seu novo consultório no centro de Taquara. Fica no mesmo prédio que abriga a Biblioteca Municipal e a LAN house em que costumo trabalhar quando estou em Taquara.

O consultório já estava pronto em maio. Foi Cleci que encontrou nos classificados uma dentista acompanhando o marido para o exterior, que estava vendendo suas instalações recém-inauguradas. O consultório é amplo, limpo, arejado, e moderno.

Tem outra coisa que destaca o consultório dos outros: tem alvará e está em conformidade com todos os códigos municipais. Dr. André me explicou que como ele está visado pelo Fórum de Taquara, ele precisa ter tudo rigorosamente em ordem, ainda que seja o único dentista na cidade que assim opera. Passei lá na minha última visita para Taquara, e encontrei com ele Bruno, o fiscal da prefeitura, que já conheci de outras carnavais.

Cleci está ajudando no consultório, e está mostrando o ânimo que entendo que era dela que antigamente. O carro quebrou, e sua resposta não foi de reclamar: pegou o ônibus e utilizou a oportunidade para distribuir folhetins do consultório.

Freguesia entre conhecidos

Dr. André está tentando construir uma freguesia em Taquara. Seria uma falta de ética tentar aliciar seus clientes do tempo em que ele trabalhava com Dra. Rosane, ele me explicou, ainda que nada impede que ele aceitasse os que lhe procurasse. Folhetas são uma das maneiras que ele utilize.

E as crianças ajudados pelo ONG New Faces estão vindo para o consultório de Dr. André, que está providenciando tratamento gratuito.

Outro grupo de onde estão vindo clientes são da Brigada Militar. O quartel fica ao lado da clínica onde trabalhava, e muitos já o conhecia e estavam bem contentes com seu tratamento. Também estão vindo pessoal do SUSEPE. Quer dizer, guardas do presídio estadual de Taquara, onde Dr. André ficou uns meses.

Dr. André me conta também, que no pequeno prédio onde ele e a Cleci alugaram um apartamento, um dos seus vizinhos agora é o vice-diretor do presidio. Que Dr. André considere um amigo. É alguém que já sabia que os acusados do caso Colina do Sol eram inocentes (a história não parava em pé) antes mesmo de saber que Dr. André fosse um deles.

A prefeitura de Taquara tem um ônibus equipado como ambulatório dentário, que sempre estava disponível para ir ao presídio estadual, mas nunca tinha ninguém que aceitava trabalhar lá. Dr. André está disposto. Agora há alguém para cuidar dos dentes dos detentos.

O medida de um homem

Como que é que Dr. André, injustamente preso durante 13 meses, pode agora dar bom-dia para o vice-diretor do presidio? Como que é que os mesmos homens que o mantiverem encarcerado podem se sentar na sua cadeira, deixar que ele aplica anestesia, e ouvir o barulho daquele máquina? Como ele poderia voltar tranqüilamente para um lugar em que com certeza passou umas das piores horas da sua vida?

Há no mundo moderno - realmente, sempre houve - uma tendência de julgar pessoas pelos seus posses, pela sua posição, pelo seu prestígio. Para medir o valor de um homem, é preciso ver como ele fica quando tudo isso é tirado dele, e resta somente o homem essencial.

Preso, André Herdy foi pesado por o que ele é, tanto por aqueles que estavam fora dos grades, e aqueles que estavam dentro. André foi sustentado pelo forte fé religioso, pela ciência da sua inocência, pelo amor da sua família. Visitei ele no dezembro do ano passado, e a visita foi breve - estava quase na hora do ensaio do coro dos presos que ele tinha organizado ai dentro, que estavam preparando para o concerto de natal, quando os filhos dos presos iam visitar.

Como um cambista de antigamente testava uma moeda - pesado na balança, batido para ouvir o som, e com ácido, André Herdy foi testado. E passou. É de metal puro, moeda que qualquer um aceite.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Status dos processos, 1 de junho de 2009

Promotora persiste em buscar pelo em casca de ovo

No processo principal esta semana temos uma Nota de Expediente, com pelo menos pela segunda vez, uma pedido da promotora Dra. Natália Cagliari da "reconstituição da memória" de máquina fotográfica:

I.A perícia deve ser feita por órgão oficial. Encaminhe-se a máquina fotográfica ao IGP, para fins de reconstituição da memória (promoção ministerial da folha 4.554). Intimem-se as partes. Laudo em trinta (30) dias.

Em 12 de janeiro, na nota 359/2008, houve outro pedido semelhante:

Quanto à perícia nas máquinas fotográficas deferiu o pedido do órgão acusador e nomeou Antônio Carlos Scheffel para realizar a reconstituição da memória apagada da máquina.

O processo está sob sigilo, mas com estes pedidos repetidos, a Dra. Natália entregou o ouro. Por que tanto interesse no que foi apagado da máquina? Ora bolas, é porque em todas aquelas "evidências" que a polícia recolheu na televisão, não foi encontrada nenhuma prova de crime. Não foi encontrada porque nunca existiu.

Coloquei no postagem anterior o uma tradução comentada do relatório do FBI, que comprove a mesma coisa: não há pornografia nos micros. Outra prova de que não haja: se tiver, alguma autor oficial de acusações já teria vazada para a imprensa. O "sigilo de Justiça", neste caso só amordaça a defesa.

Retardando a verdade

Na mesma nota, a juíza exige que a "Autoridade Policial", que deve ser o Departamento de Homicídios, desembucha a provas que está segurando:

II.Oficie-se à Autoridade Policial para que encaminhe o laudo pericial nº 3654/2009 que, segundo ofício da folha 4.585, encontra-se à disposição no Departamento de Criminalística.

Não é a primeira vez que isso acontece: na Nota de Expediente Nº 34/2008, de 10/3/2008, lemos outro ordem de entregar evidências:

(h) Reitere-se o ofício de folha 638 (nº 062/2008), solicitando a autoridade policial o resultado das diligências determinadas no escrito, no prazo de cinco (05) dias, visto que vencido há largo tempo o que foi fixado no ofício supra.

Ou, deve dizer líamos. Esta parte da Nota foi expurgada da sistema, numa tentativa de censura. Felizmente, eu já tinha a gravada.

Se estes exames tivessem comprovado crime, aposto que teriam chegada na mesa da juíza de viatura, atrasando somente para passar em todas as redações de Porto Alegre antes. Do simples fato que foram segurados, sabemos o que o sigilo tenta censurar: as exames deram negativos. Não tem prova de crime. Porque crime não houve.

As outros determinações desta Nota são mais difíceis de desvender, com as informações limitadas que possuímos. Então vamos para os outros casos.

Trabalhadores barrados na porteira: A Colina foi citada, e tinha que fazer sua defesa até dia 28. Que passou. O caso "aguarda juntada", mas a engrenagens da Justiça estão girando.

Falencia de Naturis, na mira da Promotoria Já vimos que a advogada da Sucessão do Gilberto, a intrépida Dra. Carmen, tinha pedido ao juiz que a diretoria da Colina, e os donos de Naturis (Celso Rossi e Paula Adreazza) e até seus advogados sejam enquadrados por concilium fraudis. Bem, o juiz mandou o pedido para a Promotoria. Que ela a acolhe!

Os herdeiros de Gilberto: Gilberto morreu no serviço da Colina, que não pagou INSS, deixando sua família desamparada. Faz uma década, ganhou faz mais de cinco anos. E por todos os meios possíveis, Naturis/Colina/Celso protelou. Até fizerem uma proposta de acordo: R$1500 para morte de pai de família, a ser pago de depósito feito para apelar (para que Naturis não precisasse desembolsar nada).

Bem, agora Celso quer falar na Justiça:

29/05/2009  Vara  PETIÇÃO PROTOCOLADA
Tipo: 050 AUDIÊNCIA - requerimento sobre
Parte: Outros
Observação: Celso REQUER DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA - ENCAMINHADO

CNCS x SBT (Ratinho) O caso agora está com a juíza, para sentença. As evidencias foram colhidos, as testemunhas ouvidas, os argumentos feitos. É a hora de verdade. O que pesa, no caso, é que está na 2a Vara de Taquara. A juíza de direto, dra. Ângela Martini, ouviu neste caso as mesmas testemunhas que falaram contra as falsamente acusados do Caso Colina do Sol. Será que contra SBT, eles falaram a verdade?

Brasil Naturista A justiça mandou tirar do site foto de criança pelada, colocada sem permissão dos pais. O dono da revista, Marcelo Pacheco, parece que está seguindo a estratégia que serviu Celso Rossi bem durante tantos anos: fugir de Oficial de Justiça.

Lembro que a primeira vez que vi Celso Rossi, em Tambaba, um oficial de justiça estava atras dele em Taquara (caso dos herdeiros de Gilberto, acima.) Última vez que vi Marcelo Pacheco foi na Congrenat, onde ele estava com nove votos, mais que qualquer outro - e um oficial de justiça estava com um mandado para lhe servir, neste caso.

Pode ser coincidência que duas pessoas que são ou já foram grandes no FBrN estejam com o lei atras deles, mas pelo que ouvi dizer (não se pode ter certeza, Congrenat acontece às portas fechadas) a FBrN resolveu que Marcelo poderia ser eleito ao Comissão de Ética porque ele não tinha sido citado ainda! Ai, parece que o problema é institucional.

Para nema falar da tolerância da FBrN com o gangue da Colina do Sol.

Bem, voltando neste caso, foi ordenado Nota de Expediente. Semana que vem, vamos saber mais.