segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"Foi sempre meninos": foi sempre mentira

O time de futebol na casa de Fritz, na Colina do Sol

A verdade pode ser procurada, encontrada, e proclamada.

É falso a idéia de que "sempre tem dois lados", de que "as versões são igualmente válidos", de que "fulano não mentiu, porque ele acreditou”.

Estamos aqui a procura da verdade, uma busca que sempre exigiu mais do que luz ordinário. Temos encontrado muitas verdades, e provas indiscutíveis destas verdades. E aqui as proclamo, em alto e bom som, assinando embaixo.

Os lados no caso Colina do Sol

Para quem encontra desavisada o caso Colina do Sol, pode parecer que não passa de uma briga de condomínio: aqueles rixas corriqueiros de pessoas que compartilham os espaços e despesas comuns de um lugar.

Não é uma briga comum. Há dois mortos: Dana Wayne Harbour, assassinado dentro da sua casa dentro da Colina, e o patrimônio em que ele investiu um quarto de um milhão, agora nas mãos de quem não gastou um centavo sequer. E Nedy da Fátima Pinheiro Fedrigo, que morreu do estresse causado pela campanha de perseguição do Conselho da Colina. Quatro pessoas inocentes ficaram 13 meses presos por um crime que nunca aconteceu. Uma bomba incendiária foi plantado no chaminé da casa de Barbara Anner, dentro da Colina do Sol, quando ela estava num audiência no Forum.

Não é uma rixa em que os dois lados tem razão, e é só preciso calma e negociação e cada lado ceder um pouco. Há nesta briga bandidos e mocinhos, e há um conflito de princípios maiores, com implicações para naturismo e, sim, para Brasil.

Acusados, vitimas e acusadores.

Em 11 de dezembro de 2007, quatro pessoas que moravam ou já moravam na Colina do Sol - Fritz Louderback, Barbara Anner, André Herdy e Cleci Ieggli da Silva - foram presos com vasta publicidade, acusadas de crimes de pedofilia.

A polícia alegava muito, prometeu muitas provas, e entregou até hoje prova nenhuma - ainda que conseguirem segurar, uns para nove ou dez meses, os relatórios de peritos que comprovam a falsidade das acusações, e a inexistência dos crimes.

Normalmente num caso destes, os acusadores e as vítimas são as mesmas: crianças de tenra idade que depois de muitos ensaios com "especialistas em abuso sexual" fazem alegações fantásticos.

Neste caso, as "vítimas" negam qualquer abuso, e sempre negaram. A não ser um coagido num delegacia durante sete horas, e um moleque que mente (este merece um postagem todo seu; aguardem).

Quem acusou, então? Quem foi que diz que houve abuso sexual de menores?

Uma corja indo atrás de um corno

A finada Nedy descreveu os acusadores como "uma corja indo atrás de um corno." Seis pessoas da Colina do Sol fizeram as acusações. Fizeram na polícia, mas na Justiça dizerem que bem, não era nada que testemunharam, mas algo que "estava no ar".

Aqui são eles:

  • Zumbi de Figueiredo Stefens é o único dos acusadores que disse na polícia “eu vi” em vez de “eu ouvi falar”. Relatou que flagrou Fritz com o filho adotivo Douglas e um amigo deste numa cena de sexo, que os três negam ter havido, e na Justiça Zumbi voltou por traz. Meses antes da acusação, sua esposa tinha-se mudado para Santa Catarina com o mesmo Douglas, com quem já mantinha relacionamento amoroso.
    Já se mudou da Colina antes mesmo das acusações.
  • João Ubiritan dos Santos (Tuca) é o dono do Camping da Colina. Já tratamos aqui da sua ficha criminal e até abrimos espaço para ela dar seu lado.
    Tuca deu a Fritz cheques pré-datados como pagamento por um empréstimo. Depois que ele se voltou contra Fritz, este tentou descontar os cheques vencidos, mas estavam sem fundo. Em vez de entrar em juízo, Fritz doou os cheques a uma agência de caridade em Taquara, que tomou as medidas cabíveis e conseguiu receber o dinheiro em 16 de abril de 2007.
  • Etacir Manske (Eta) é o último presidente de Clube Naturista Colina do Sol.
    Eta recebeu um Monza no valor de R$7.500 do Fritz em troca de trabalho junto às crianças de Morro da Pedra.
    Parou de administrar as aulas, e parou também de pagar um emprestimo para Fritz, assim que Fritz foi preso. Fritz está processando Eta para receber o empréstimo.
  • Arcelino Raul de Oliveira (Raul) e Elisabeth Borges de Oliveira (Bete) São concessionários comerciais da Colina do Sol, o que quer dizer que ganham a vida prestando serviços lá. Bete opera o mercadinho, com a ajuda de seu marido Raul.
    Devem dinheiro para Fritz, um empréstimo para qual deram em garantia sua casa e seu carro. Pararam de pagar assim que Fritz foi preso, e ele está cobrando deles na Justiça.
  • João Olavo Paz Rosés é vice-presidente do atual e derradeira Conselho Deliberativo da Colina do Sol. Mudou-se para lá com sua esposa Astrid em 2006; antes, apesar de sócios, estiveram ausentes durante anos (até fins de 2004) em virtude de desavenças com os fundadores. De acordo com as notas de André Herdy, “ele queria o poder de resolver sozinho” sobre assuntos que deviam estar sujeitos às normas da Federação Brasileira de Naturismo, tais como a discriminação contra as crianças de Morro da Pedra.

Seis acusadores, cinco com motivos claros. E todas as vítimas negando abuso.

Mas pode ser que agiram de boa fé? Que estavam preocupados com as crianças de Morro da Pedra, e é mera coincidência que as denúncias satisfizerem o desejo de vingança, e facilitaram o calote? Vamos examinar uma tema recorrente dos acusadores.

Foi sempre meninos?

Uma tema recorrente das denúncias foi de que "foi sempre meninos" o objeto da ONG New Faces. Fritz franqueava "sempre meninos" para entrar na Colina do Sol, o time de futebol "era só meninos", e as bicicletas de New Faces iam somente para meninos.

Eu veio para Taquara em março de 2008, depois de ler o que estava publicamente disponível sobre o caso, e achar que a coisa cheirava muito mal. Esta acusação de "sempre meninos" era algo que permitiu uma resposta objectiva.

Só que a acusação diz "sempre meninos", e a defesa diz que não, que meninas também assistiram as aulas e ganharam as bicicletas de New Faces. A polícia e a promotoria participaram do coro de acusação. Como saber? "Dar os dois lados?", a acusação como fato, a defesa como "alegação"?

A verdade existe.

Bem, eu entrevista o Secretário de Desportes do municipio de Taquara, perguntei sobre times de futebol, e ele ou seu assistente me diz que "tinha ocasião onde tinha time de futebol de salão feminina" em Morro da Pedra. Fui para o Barracão em Morro da Pedra, sem comunicar antes com os apoiadores do Fritz, para evitar ser recebido de uma maneira ensaiada. O presidente do conselho comunitário da igreja católica me afirmou que Barbara patrocinou uma time de futebol feminino. Me deu um jogo dos "vale-lanches" que era como Fritz pagava as lanches dos jogadores, e uns tinham nomes femininos.

Mais tarde, recebi da Nedy um CD como fotos das crianças e da Colina, tirados por um "colineiro" alemão que voltou para o frio do seu pais natal quando não agüentou mais a corja da Colina. Mostra a festa de bicicletas em 2006, com muitas meninas presentes (faz parte da imagem na cabeceira do blog).

Recebi ontem o folha de fotos acima. Foi tirado pelo finado tio do Fritz, Barney Louderback, impresso e assinado. Mostra três meninas recebendo bicicletas, duas sendo filhas de um funcionário da Colina, o mesmo que salvou a casa da bomba plantando por algém dentro da Colina. O menino no canto inferior é Oziel Moreira, sobre quem escrevemos semana passada. O interior da casa de Fritz é bastante reconhecível depois do que a polícia permitiu que a mídia nacional e internacional a filmasse. A placa do camionete do Fritz consta no inquérito; a Promotora a citou quando pediu que meu telefone fosse grampeado.

A folha de fotos é verdadeira, e montar algo assim posteriormente é impossível: Barney não está mais conosco para assinar fotos, e as crianças cresceram todas.

Não foi sempre meninos, não. Encontrei as provas, e aqui as proclamo.

Umas palavras sobre difamação.

Já esclarecemos aqui a diferença entre calunia, injúria, e difamação.(Já citei o link hoje.) Porém dizer que "fulano deve dinheiro" não seria calunia, onde a verdade é defesa, mas difamação, pois dever dinheiro não é crime.

Seria difamação. É preciso também pesar a interesse pública. O caso Colina do Sol é de interesse pública indiscutível: quatro pessoas inocentes ficaram presos 13 meses, o processo em seus 4500 páginas já custou mais ao contribuinte do que o caso Detran, a cobertura jornalistica foi maciço.

As vítimas, e as examinações físicas das "vítimas", e as examinações das computadores, vídeos, fotos, e máquinas fotográficas, todos apontam que não houve crime.

Sendo que a única evidência do crime se encontra nas palavras dos acusadores, somente nas suas motivações podemos encontrar a explicação do caso. Que várias devem para os acusadores, conseguiram que fossem presos, a aí pararam de pagar, é de interesse.

Bandidos e mocinhos

Alguém está contando a verdade, e alguém está mentindo. Peguei um fato em que eu estava ouvindo coisas conflitantes, e busquei a verdade com fontes isentas e idôneos.

Descobri que as acusadores, que são quem mande na Colina do Sol, estavam mentindo sobre isso. Presumi que mentiram sobre outras coisas, também. Quando contaram uma coisa na polícia e outra na Justiça, tinha mais prova ainda que mentem.

Quem está contando a verdade? Aqui, ofereço provas, cito fatos, aponta para referências. E assino embaixo.

Eles ainda sussurram, apontam, insinuam. Não dou ouvidos, já sei o valor das palavras da corja.

Neste história, sim, há quem está falando a verdade, e quem está mentindo. Há bandido e há mocinhos.

Tentamos aqui oferecer informações, e provas, para que qualquer um pode ver a verdade.

Mas para os que querem uma resposta pronta, vou oferecer um para eles, porque também são meus leitores. A regra é a mesma do que nos velhos filmes de faroeste: o mocinho é sempre aquele que está de chapéu branco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário