sábado, 6 de março de 2010

Não "invista" na Colina do Sol!

Falamos das evidências no processo principal do caso Colina do Sol. Mostramos que não há nada nos laudos apresentados que desabona os acusados, e de que somente um laudo ainda falta.

Precisamos falar ainda das testemunhas, d'O Moleque que Mente® e da noite de terror na delegacia que arrancou "admissões" de uns menores, relatos diferentes do que disserem horas antes, ou no dia seguinte. Creio que o que passou na delegacia é, infelizmente, claro não somente a qualquer brasileiro, mas a qualquer latino-americano.

Mas hoje vamos dar uma pausa, e ver o que está passando na Colina do Sol.

É tudo sobre terras e fraudes

Pois o caso não é sobre pedofilia. É sobre as terras da Colina do Sol, sobre o histórico de fraudes lá cometidos, sobre o morte violento do maior investidor do Hotel Ocara - judicialmente penhorado pelo banco BRDE - Dana Wayne Harbour, e o sumiço das provas que ele juntou, sobre os R$300 mil de dinheiro do contribuinte que sumiu no mesmo hotel.

E também é sobre o milhão de reais - e com juros e correção já são seis milhões - que o Clube Naturista Colina ganhou da SBT. Na primeira instância. Um pássaro voando, então, ou seis milhões de pássaros voando, se prefere. Que já foi apelado.

Etacir Manske deve para Fritz Louderback

As visitas à Colina do Sol deveriam ter ouvido um discurso formal de bem-vindas do sr. Etacir Manske, atual presidente do CNCS - Clube Naturista Colina do Sol, e depois, de uma maneira mais informal, propostas de "investir" na Colina do Sol.

Sejam avisados, hermanos, de que sr. Etacir deve dinheiro para Fritz Louderback. Fez uma denúncia falsa de pedofilia contra Fritz, e a mesma semana que Fritz foi preso, ele parou de pagar a dívida.

Não de deve colocar seu dinheiro na mão deste homem. Realmente, nem se deve apertar a mão dele.

A Sucessão de Gilberto

As visitas ao Colina do Sol devem estar ouvindo de que o julgamento contra Naturis, Clube Naturista Colina do Sol, Celso Rossi, e Paula Andreaza, foi pago pouco antes de 07/12/2009, num quantia no total de uns R$92 mil.

O julgamento em 2005, atualizado, daria uns R$92 mil, sim. Só que pagando isso não quita a dívida: a sentença inclui um pensão vitalício, até 2023.

O juiz determinou, explicitamente, que o penhor persiste até que a divida esteja totalmente quitada:

16/11/2009 Vara DECISÃO / DESPACHO

Despacho: - Mantenho a penhora efetivada nos autos até o pagamento total do débito constituído no processo, ficando a executada ciente da proibição de prática de quaisquer atos atentatórios à dignidade da Justiça, sob pena de imposição de pena pecuniária, sem prejuízo de outras sanções legais. - Ciência à parte contrária dos cálculos das fls. 848-851, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. Em 16/11/2009. EDUARDO DE CAMARGO Juiz do Trabalho

Esta penhora persiste.

E não esquecem de que o juíz enxergou fraude na maneira em que a Colina do Sol e Naturis, a empresa anterior de Celso Rossi, se comportaram no caso.

Cálculos disputados e pendentes

Celso Rossi apresentou cálculos dizendo que a dívida é de R$92 mil, Dra. Carmen, da Sucessão de Gilberto, de que beira R$800 mil. Os dois cálculos são furados - do Celso por desconsiderar o pensão, da Dra. Carmen por calcular juros sobre a pensão até 2023 como se estivesse tudo devido já em 2005. O valor correto é algo em torno de R$300 mil.

O decisão mais recente, disponível no link ao lado - que seria publicado no Diário Oficial dia 17 deste mês, chama Celso e Colina para comentar os cálculos da Dra. Carmen:

02/03/2010 Vara DECISÃO / DESPACHO

Despacho: Manifeste-se a ré, em 10 (dez) dias sobre os termos da petição das fls. 698-902 e documentos das fls. 904-931. Após manifestação, voltem conclusos. Em 02/03/2010. EDUARDO DE CAMARGO Juiz do Trabalho

A divida não está quitada. O assunto ainda está na Justiça.

A Justiça pode ser enganada para sempre?

Caso visitas tivessem ouvido outra história - de que a Justiça brasileira não importa, que é tão lerda que isso nunca vai dar em nada, etc., é bom lembrar que há duas perspectivas sobre isso.

Uma é de quem vende, que só precisa que a Justiça demora até que ele recebe e some com o dinheiro.

A outra é de quem presume que está comprando algo que vai lhe pertencer, para quem a Justiça teria que demorar a vida inteira.

A Justiça demora, mas chega. Está na reta final. Desconfiem do papo do vendedor.

As terras voltaram para Celso Rossi?

Antes de Natal eu ouvi um boato, de que na Colina corre que "Celso pagou a dívida e as terras voltaram para as mãos dele."

Se outro tivesse pago a dívida, as terras pertenceria a este outro.

Celso, porém, já vendeu as terras uma vez para Colina, afirmando que não tinha pendência contra elas, em troca de "Títulos Patrimonias" e "Concessões residenciais". E ele vendeu estes papeis para Silvio Levy.

E se as terras tivessem voltados para as mãos dele, responderiam para a dívida de Ocara com BRDES, de uns R$300 mil agora, para qual Celso Rossi e Paula Andreazza são fiadores.

As terras não voltam para Celso porque ele já vendeu sua interesse nelas. Esta dívida é uma obrigação anterior dele mesmo. E ele não pagou a dívida integralmente. E ainda se as terras voltassem para ele, seriam prontamente penhoradas para satisfazer a dívida com o banco BRDES, pois ele é fiador da dívida.

Você quer fazer negócios com este homem?

Nos já seguimos aqui, com documentos e provas, a carreira empresarial do sr. Celso Rossi. Falamos da metodologia geral da Hotel Ocara; mostramos como são duvidosos suas projeções financeiras; mostramos ainda que no negócio do hotel, os outros sócios entraram com o dinheiro, e ele e a esposa somente com um terreno - um terreno que os primeiros colineiros entenderem como parte do patrimônio comum, e que Tuca, gerente do camping, entendeu como sendo dele.

Em troca disso, presumo, Celso prometeu seu trabalho, de que ele e Paula Andrazza iam fazer todos estes sonhos virassem realidade. Mas quando todos os outros já tinham feito seu parte, já tinham colocados R$700 mil, Celso e Paula revelaram "a indisponibilidade de acionistas da empresa virem a comprometer-se com o gerenciamento do hotel"

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