sexta-feira, 20 de novembro de 2009

De fusca verde

Fui para Praia do Pinho para a eleição da FBrN convocado por Dr. André Herdy, carregando comigo a procuração do presidente de direto e de fato da Federação. Dr. André, que já fez muito para a FBrN e para o naturismo no Brasil, não estava a fim de fazer um discurso. Queria transmitir o cargo, na forma que mandem as leis da Republica e os estatutos da Federação.

Como procurador, escolhei como presidente da mesa Sr. César Fleury Moraes, e como secretário, Sr. Edson Geraldo Silveira (o "Nupinho"), e lhes entreguei a condução da reunião e a redação da Ata. Que comentarei assim que seja registrada.

Agradeço a hospitalidade dos donos da CAPOP, que cederem o espaço para a reunião.

Digo que sai de Taquara determinado a conduzir minha parte do procedimento vestido. Quando precisava, esperava, e pleitava a ajuda da FBrN, aderei aos modos e costumes de naturismo. Agora que não preciso mais, resolvi fazer questão de destoar.

Neste viagem, houve muito das besteiras de juventude, como vimos abaixo. Porém, há gente boa no naturismo, o dia estava quente, eu já estava melecado de protetor solar. E enquanto o entusiasmo e espontaneidade dos jovens e bom, realmente não vejo porque abraçar idiotices como protestos simbólicos. Usei a roupa para forrar a cadeira, e fiz o que foi me pedido.

FBrN não haverá seu Zelaya

A chapa nomeado por Dr. André foi encabeçado por Sr. José Antônio Tannus, que a partir da eleição ficou o presidente de fato da FBrN, e a partir do registro será o presidente de direto, também. Quem enxerga grandeza na FBrN e sua Presidência poderia encarar isso como a maneira escolhido pelo Dr. André para evitar que o naturismo brasileiro tivesse seu Zelaya.

Reunindo os cinturões

Pessoalmente, prefiro a analogia das federações múltiplas de boxe, cada um com seu campeão, que de vez em quando promovem um "title unification bout", em que um único boxeador sai como o campeão mundial incontestado, com todos os cinturões.

E falando um reunir cinturões, quando as fotos voltarem, vi que realmente para naturistas, tem que ser cinturões: cintos não servem. Para minha parte, já comecei fazer regime.

Parabéns ao novo presidente

Transmito aqui meus parabéns e votos de sucesso para sr. José Tannus. Na eleição irregular no Mirante de Paraíso em março deste ano, não tinha a oportunidade de fazer isso. A reunião tinha sido conduzida às portas fechadas, contrariando a lei e invalidando a eleição se esta não já tivesse estivesse nula por outras irregularidades. Na hora que foram abertas as portas falei dos assuntos de substância que me levaram lá, e que deveriam ter sido tratados mais cedo. Mas agora, meus parabéns.

O fusca verde

A opção sensata para chegar ao reunião é o ônibus direto de Taquara que sai toda noite as 21:00 para Balneario Camboriu. Profissional, barato e comodo, o último importante pois estou com pelo menos uma costela trincada depois de uma queda duas semanas atrás. Assim levaria minha mala e seguiria viagem depois para SP, tranqüilo.

O ônibus é o opção sensato. Escolhi ir no fusca verde de Douglas, junto com sua namora Suzane e outro jovem de Morro da Pedra, Cleiton.

Pegar estrada de fusca

Pegar estrada de fusca é coisa de juventude, que nem ser preso durante manifestação. Para começar, precisava reduzir a bagagem ao que caberia na mochila pequena. Depois, foi reunir os viagantes. Douglas não tinha avisado a namorada sobre a natureza da praia, e ela achava que a ocasião merecia uma nova biquíni. Enquanto ela fazia as compras, procuramos Cleiton para cima e para baixo. Finalmente, com Suzana (que acabou não comprando a biquíni) já na fusca, encontramos Cleiton no novo rodoviária de Taquara, de onde pretendia voltar para Morro da Pedra juntar suas coisas. Entrou no fusca sem nem uma escova de dentes.

Saindo de Taquara ao meio-dia, foi sete horas de estrada até Praia do Pinho, com uma única parada, para colocar mais óleo na transmissão da fusca, e comer uns pasteis. A costela agüentou bem a viagem, mas o estômago não. Cheguei ao Pinho tonto, logo precisei correr para o banheiro, e apaguei até domingo.

Barraca, cabana, e fusca

O plano original foi levar tanto a barraca de Cleiton quanto a de Douglas, mas chegamos somente com esta última. Aluguei então um quarto no chalé, e enquanto deu para orientar os jovens sobre como montar a barraca (algo em que jé fui craque), na hora de arranjar um colchão para o chão, eu já estava fora de combate.

Cleiton, então, vendo como que os quartos do chale são "aconchegantes", para assim dizer, resolveu dormir na fusca. Isso também faz parte de juventude.

Os quartos, ainda que pequenos, são limpos e sem sinal de bolor ou umidade. A escada é íngreme, ainda mais para quem desce com a cabeça girando, procurando o banheiro.

Minha impressão inicial de Praia do Pinho foi a qualidade da manutenção. Tudo estava limpo, funcionando, com a manutenção em dia. O bar que separa a camping da praia era de madeira que agüenta a maresia, com parafusos de bronze, que escureceram mas não enferrujaram. Belo contraste com a Colina do Sol,  onde tudo parece que está em manutenção, ou deveria estar, pois tudo é construído de maneira mais barato possível, visando o lucro imediata, e a exploração posterior do freguês cativo.

Além do mais, foi bom dormir com o barulho do mar, e acordar com a alvorada.

Domingo com churrasco

A manha de domingo foi ocupado pela reunião, mas a tarde os jovens fizerem churrasco, e Douglas colocou o papo em dia com antigos conhecidos do Pinho, da época em que ele morou lá uns meses. Encontramos até pessoas que eu já conhecia, como Márcio, que foi barrado da Colina, apesar de portador de passaporte naturista, para sua temeridade em insistir no seu direto legal de lá visitar seu amigo Douglas.

Encontramos também a ex-Sra. Zumbi, e sua filha pequena e encantadora, que em nosso primeiro encontro tinha me informado que "tenho uma moeda com sua cara." Eu tinha visitado sua casa um ano atrás, quando Douglas morava lá. Os pai dele sendo preso, e sua mãe temendo para a vida dele na Colina (um herdeiro brasileiro dificultaria o confisco da casa dos americanos pela corja da Colina), achei que alguém deveria vistar-lo. E gosto do rapaz.

Saideira

Entregando a chave e desmontado a barraca, estávamos com a pé na estrada. Eu para a rodoviária, e os jovens (sem a "mala sem alça", eu entendi) iam para a casa nova da ex-Sra. Zumbi, e regressariam a Taquara na manha de segunda-feira.

Logo fora do camping, a festa no estacionamento estava animada. Douglas distribuiu pão e lingüiça, e a insistência das suas amigas, estacionamos. Depois uns minutos, uma das meninas decretou nossa roupa "imoral", e procedeu a nos despir.  Não encontrou resistência.


Desastre na estrada

O fusca, que na ida tinha dado serviço impecável, começou vazar óleo entre Camboriu e Biguassu. Encostamos, e pouco tempo depois Márcio parou atrás. Tinha de carona a família da ex-Sra. Zumbi, e também a casca de uma tartaruga morta, que tinham separada na praia de grande parte da carne já apodrecendo do bicho.

Esqueci de tirar foto da casca da tartaruga, mas realmente o que fica na memória não foi a aparência, mas o cheiro, insuportável. Tinham viajado com todas as janelas abertos para que o perfume do bicho incomodasse os motoristas vindo atrás.

O fusca não tinha jeito: foi de guincho do concessionário da estrada para Biguassu. Já estava as 20:00, e achei que o ônibus para Taquara saísse do rodoviário de Florianópolis as 21:00. Cleiton tinha aula as 07:00 de segunda-feira, e uma prova na terça, e com o fusca encrencado, não tinha previsão para ele voltar. Márcio então levou nos dois para o rodoviário, com poucos minutos de sobre, e saímos correndo na chuva para voltar para a vida real.

Concurso

Só que não tinha ônibus para Taquara, nem para Porto Alegre, nem para São Paulo ou outro lugar qualquer. O agente de passagens de Viasul (cujo ônibus para Taquara sai de Floripa as 22:20, e não as 21:00) informou que tinha aquele domingo um concurso público na cidade, com 23 mil inscritos, e não tinha passagem. Para Porto Alegre fomos informado que somente na meia-noite de segunda-feira.

Comprei então a passagem de Cleiton para segunda à noite, chegando em Taquara uma hora antes da sua prova. Na chuva, cansados, sabendo que os hotéis já estariam lotados com outros que não conseguiram lugar nos ônibus, estávamos com 24 horas para matar em Floripa.

Bem que há lugares piores para ficarem ilhados.

Um comentário:

  1. ah richard , nao foi tao ruim assim so o cheiro do casco da tartaruga tava ruim kkkkk mas depois de tudo isso no guinchamos o fusca ate taquara , imagina um escort puchando um fusca de floripa ate taquara mas foi divertido kkkkkk o pior vou te contar agora,o casco que sofremos tanto para trazer o cahorro estragou bjs e ate qualquer hora josi esposa do marcio

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